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Prefeitura identifica vírus da raiva em morcego e orienta população

Quaisquer animais mamíferos (não apenas os morcegos), sejam eles domésticos, como o cão e o gato, ou silvestres, como quatis, macacos, gambás, raposas e outros, ou mesmo o próprio ser humano são susceptíveis a desenvolver e veicular a raiva.

A Prefeitura de São Sebastião, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SESAU), informa que foi identificado vírus da raiva em um morcego encontrado no chão de uma residência, em Toque Toque Grande, na Costa Sul.


A ocorrência foi atendida pela equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) que adotou o procedimento padrão e enviou o animal ao Instituto Pasteur, referência da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que deu a devolutiva positiva sobre a presença do vírus.


Diante disso e dentro do que preconiza a nota técnica n.º 19/2012, do Ministério da Saúde, técnicos do CCZ vem conduzindo uma investigação de foco na localidade, interpelando e orientando moradores e veranistas das demais residências do bairro, em um raio de 500 metros da residência-foco, quanto a outras possíveis ocorrências de morcegos eventualmente encontrados caídos ao chão, pousados em locais à luz do dia, ou em outras situações inabituais ao comportamento normal desses animais de hábitos noturnos, bem como de eventual contato de pessoas e animais domésticos, especialmente cães e gatos, com morcegos nessas situações.


Além das orientações aos moradores, foi entregue material impresso orientando sobre como proceder frente ao encontro desses animais em sua residência. Não se deve tocar o morcego, nem permitir que cães e gatos o façam, e entrar imediatamente em contato com o CCZ, por meio do telefone (12) 3861-2555, para que técnicos habilitados se dirijam ao local para o recolhimento do animal.


Orientações também foram repassadas quanto às medidas a serem adotadas caso pessoas ou animais domésticos venham a ter contato direto ou, ainda, ser feridos pelo morcego suspeito.


Considerações


Morcegos, de qualquer espécie e hábito alimentar, são animais silvestres de grande valência ecológica no equilíbrio ambiental. A existência, cada vez maior, de habitações humanas próximas ou mesmo inseridas em áreas naturais acaba por aproximar pessoas e animais domésticos desses e de outros animais da fauna silvestre, havendo risco de veiculação não somente da raiva, mas de outras zoonoses, tais como a Leptospirose e Leishmaniose, entre outras.


Quaisquer animais mamíferos (não apenas os morcegos), sejam eles domésticos, como o cão e o gato, ou silvestres, como quatis, macacos, gambás, raposas e outros, ou mesmo o próprio ser humano são susceptíveis a desenvolver e veicular a raiva.


A raiva, em si, não é uma zoonose erradicada, entretanto, dentre as variantes do vírus rábico até hoje conhecidas, a mais comum em meios urbanos, a variante canina, já há alguns anos não é mais encontrada em cães e gatos no Estado de São Paulo, em decorrência de décadas de maciças campanhas de vacinação antirrábica canina e felina, seja em pontos fixos ou casa a casa, razão pela qual não é mais preconizada, nem pelo Ministério da Saúde, nem pela Secretaria Estadual de Saúde/Instituo Pasteur.


Entretanto, a variante de morcego, usualmente encontrada em meio natural e que circula entre animais silvestres, dentre eles o próprio morcego, justamente por essa característica, inviabiliza ações de vacinação, permanecendo a vigilância passiva, por exemplo, em situações como a ocorrência atendida pelo CCZ.


Se encontrar morcegos caídos ao chão ou pousados em locais à luz do dia, informe o Centro de Controle de Zoonoses pelo telefone (12) 3861-2555, para que técnicos habilitados se dirijam ao local para o recolhimento do animal.

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